Saturday, May 13, 2006



Gosto imenso de andar de avião. Desde pequenino. Fascina-me a ideia de sair de um sítio, cortar os ares por um bocadinho e chegar logo a seguir a outro sítio, as mais das vezes tão longe que só de pensar em fazer a distância de bicicleta faz doer as perninhas (se for a nado, a doer os bracinhos também). Quando comecei a andar de avião, era tão pequenino que andava à trela ou, quando não era à trela, punham-me um saquinho de plástico ao pescoço, com uma bolsa transparente onde tinha o meu nome e “em caso de encontrar este menino, favor contactar...” e era assim enviado para sítios. Nessa altura as hospedeiras eram MUITO GIRAS! Estávamos nos anos 60, no tempo das mini-saias e das super-pestanas, e a TAP era conhecida por ser a empresa do país com maior índice de divórcios na força laboral (que para além de laborar, pelos vistos, fazia força de outras formas). Viajar de avião era especial e toda a sua envolvente levava o viajante a sentir-se especial. Entretanto cresci e a distância ao banco da frente encolheu. A comida passou a ser incomestível e as casas de banho passaram a ser como as das bombas de gasolina. Viaja-se menos bem, mas viaja-se muito mais. Mas, estranhamente, perdeu-se a sofisticação em vez desta medrar onde não havia. Não me lembro nunca de ouvir os passageiros bater palmas ao piloto (excepto nas aterragens no aeroporto do Funchal, mas acho que aí até o piloto batia palmas a ele próprio, com as mãos suadas). Mas mesmo com mau café e cheiro a pé, nada se compara à sensação de, por exemplo, perseguir o pôr do sol horas a fio voando na direcção de Nova Iorque, ou de, neste caso, saber que entre uma linha e outra, terei de parar de escrever, apertar o cinto de segurança, e pousar tão longe de casa, na terra que já não é dos faraós.



There is a certain je ne sais quoi in travelling with fellow divers. Most of the trip is spent by most trying to prove to others that they are better divers and exponentially more seasoned in this travelling-for-diving thing. Duh.

But there are great atypical things going on in this world. Take this plane, for example: it’s a chartered plane, from a sub-airline Egyptian company called Air Memphis. The seats are spartan and the distance in between seats assumes that nobody should claim the right to be taller than 1,60 m. But the crew is awfully friendly and we HAVE A FEMALE co-pilot. An Egyptian female co-pilot. I saw it! I glanced at the front window when entering the plane (no traveller in his right mind resists trying to see who’s going to be responsible for his life in the next five and half hours) and my first thought was: “There’s a nun in the cockpit! What is a nun doing in the cockpit!?”

There she was, looking fierce in her djalaba(?). Whoa! Eat your heart mr. Bush! (actually, eat my meal which is totally unedible)

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